
Priscila Bomfim
regente
"...sólida, com gestos precisos e uma leitura respeitosa das intenções de Puccini e Strauss. [...] A orquestração densa, moderna e espetacular de Richard Strauss encontrou na maestrina Priscila Bomfim uma intérprete à altura dos seus desafios. Sua direção musical foi não apenas categórica e marcante, mas também sensível ao equilíbrio dinâmico entre a grandiosidade da partitura e a necessidade de preservar vozes menores [...] Sob sua regência, a Orquestra Sinfônica Municipal alcançou belíssimas sonoridades e uma leitura precisa, densa e dramaticamente coerente da partitura straussiana, cujos desafios técnicos e estilísticos não são triviais."
Projeto Duplo: Le Villi, G. Puccini e Friedenstag, R. Strauss
Teatro Municipal de São Paulo
Marco Antônio Seta, 20 de julho de 2025
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TERRITÓRIO
América Latina - exclusivo
BIO
Priscila Bomfim destaca-se no mundo musical por sua sensibilidade e versatilidade artística, seja trabalhando na preparação de elencos, regendo óperas do repertório tradicional ou estreias de novas obras, ou liderando concertos de música popular brasileira. Ela foi a primeira mulher a reger uma ópera na temporada oficial do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e sua carreira inclui a direção musical e regência de inúmeras óperas, como Un Ballo in Maschera de G. Verdi, Les Contes de Hoffmann de Offenbach, Orphée de Philip Glass, La Tragédie de Carmen de Bizet/Constant, Faust de Gounod, La Belle Hélène de J. Offenbach, Serse e Armida Abbandonata de Handel, Carmen de Bizet, El barberillo de lavapiés de Barbieri, Le Nozze di Figaro de Mozart e Gianni Schicchi de Puccini, entre outros concertos líricos.
Recentemente, ela regeu as óperas Eugene Onegin (Tchaikovsky) e Cendrillon (Pauline Viardot), estreou quatro novas óperas brasileiras, apresentou a versão completa de Le Vin Herbé de Frank Martin e Pierrot Lunaire de Arnold Schoenberg, além de reger concertos no Theatro Municipal de São Paulo e no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Ela se apresenta regularmente com várias orquestras no Brasil, como a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), Orquestra do Theatro São Pedro (SP), Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (SP), Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP), Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (ES), Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), entre outras.
Priscila nasceu em Braga, Portugal. Ela obteve seu Bacharelado em Piano na Universidade Federal do Rio de Janeiro com as mais altas honras ("Summa cum laude"), completou um segundo Bacharelado em Regência Orquestral e obteve um Mestrado em Piano com uma tese distinta sobre Leitura à Primeira Vista ao Piano.
Atualmente, ela é Regente Assistente no Theatro Municipal de São Paulo e Diretora Musical de duas orquestras jovens no IBME, uma das quais é formada exclusivamente por alunas do sistema público de ensino do Rio de Janeiro: a Orquestra Sinfônica Jovem Chiquinha Gonzaga.
CRÍTICAS
“[...] A primeira palavra vai para a regência de Priscila Bomfim, tão fluente, tão refinada, sem perder sua veemência eloquente, capaz de ritmos obsessivos e poderosos, assim como de transparências e sutilezas delicadas, encarando as passagens mais complexas das duas composições com uma clareza que nasce de sua confiança.”
Jorge Coli, Revista Concerto.
“E como soou bela, equilibrada e expressiva a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo sob a batuta de Priscila Bomfim, regente assistente do grupo, sempre precisa, entregando-se sem se perder no charme e nos contrastes da escrita de Puccini, enquanto também recriava, em Friedenstag, o tom sombrio, áspero, quase rude que a música de Strauss pode assumir.”
João Luiz Sampaio, Revista Concerto
“Embora a concepção e a direção cênica fossem excelentes, a apresentação não teria se sustentado sem uma regência cuidadosa e versátil, imbuída de musicalidade. À frente da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Priscila Bomfim trouxe à tona o Romantismo da obra de Puccini e a variedade de cores da música de Strauss, tudo isso enquanto apoiava atentamente os cantores.”
Fabiana Crepaldi, Notas Musicais
“A regência primorosa de Priscila Bomfim em Le Villi foi altamente idiomática e atenta aos detalhes. [...] O equilíbrio entre vozes e instrumentos permaneceu louvável do início ao fim, o que permitiu inclusive que alguns dos papéis coadjuvantes brilhassem na segunda peça.”
Márvio dos Anjos, O Globo
“Sob a regência de Priscila Bomfim, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo trouxe à tona o Romantismo de Puccini e a paleta da música de Strauss.”
Fabiana Crepaldi, Revista Opera
