
BIO
Compositor, professor e gestor cultural, João Guilherme Ripper formou-se e obteve o título de mestre pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Doutorou-se na Universidade Católica da América, em Washington, D.C., e especializou-se em "Economia e Finanças da Cultura" na Universidade Paris-Dauphine, na França, e em regência orquestral com o Maestro Guillermo Scarabino, na Argentina. Desde 1988, Ripper é professor na Universidade do Rio de Janeiro, onde atuou como Diretor de 1999 a 2003.
Foi diretor da Sala Cecília Meireles no Rio de Janeiro de 2004 a 2015 e de 2019 a 2023 e presidente da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2015 a 2017. É membro da Academia Brasileira de Música, fundada por Villa-Lobos em 1945.
Colabora frequentemente com orquestras, teatros e festivais no Brasil e no exterior, atuando como compositor residente e regendo suas próprias obras. Suas composições recentes incluem Jogos Sinfônicos, encomenda da Filarmônica de Minas Gerais, Fantasia Tarumã para piano e orquestra, encomenda da Filarmônica de Goiás, Suite para cordas, encomenda do Programa SINOS, Concerto a cinco No. 2, encomenda da Orquestra de Câmara de Valdivia (Chile), Cinco poemas de Vinícius de Moraes e Variações FHC, encomenda da Fundação OSESP, e Abertura Cartagena, encomenda da Orquestra Sinfônica de Guarulhos.
Em fevereiro de 2023, Cinco Poemas de Vinícius de Moraes foi interpretado pela Orquestra Sinfônica de Seattle no Benaroya Hall. A obra Pequeno Concerto para Mafra para cravo (ou piano) e cordas estreou em março de 2023, tornando-se a primeira obra encomendada pelo Palácio Nacional de Mafra em Portugal desde o século XIX. Abertura Cartagena, encomendada pela Orquestra Sinfônica de Guarulhos, estreou em dezembro.
Ripper é o autor dos libretos e músicas das óperas que ocupam um lugar central em seu catálogo. As principais produções incluem inúmeras performances de Domitila desde 2000 em sua versão de câmara; Piedade no Teatro Vivo Rio (2012), Teatro Colón de Buenos Aires (2017 e 2018), Theatro Municipal de São Paulo (2018), Sala Cecilia Meireles (2018), Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Festival de Ópera do Amazonas (2023); Onheama, estreado e apresentado no Teatro Amazonas (2014 e 2015) e no Festival Terras Sem Sombra (2016) em Portugal; Anjo Negro na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (2012) e Teatro Guaíra (2023); O Diletante no Salão Leopoldo Miguez (2014) e Teatro Carlos Gomes em Vitória-ES (2016); Kawah Ijen no Teatro Amazonas (2018); o monodrama Cartas Portuguesas na Sala São Paulo (2020), Fundação Gulbenkian em Lisboa (2020), Sala Minas (2021) e Theatro Municipal do Rio de Janeiro (2022); Domitila em versão orquestral no Centro Cultural Belém em Lisboa (2022); e Candinho no Krannert Center da Universidade de Illinois (2023).
João Guilherme Ripper recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte em 2000 por Domitila e em 2017 por sua contribuição geral como compositor. Em 2020, foi agraciado com o Prêmio Inovação da Revista Concerto pela criação e coordenação do Programa Gestores em Movimento, que capacita músicos de todo o Brasil na gestão de orquestras, teatros e salas de concerto.

João Guilherme Ripper
[compositor]
Toda essa estrutura metafórica foi impulsionada e reforçada pela excelente música de Ripper, que se inicia com a exposição de um tema sombrio e largo que enseguida vai contornando e adquirindo diversas formas e inflexões e que serve de lecho à entrada de voz.
Arturo Reverter - 24/9/2024 – Beckmesser (Espanha)
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